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Nos Estados Unidos vários estados estão retirando o flúor da água potável

Você sabia que nos Estados Unidos vários estados estão retirando o flúor da água potável?

O que antes era considerado um avanço na saúde pública agora virou motivo de polêmica — e o impacto disso pode chegar até aqui no Brasil.

Eu sou o Dr. Carlos Soliva, dentista com mais de 20 anos de experiência, e hoje vou te mostrar o que está acontecendo lá fora, o que os estudos revelam — inclusive aqui no Rio de Janeiro — e por que isso pode afetar diretamente você e sua família.

fluor na agua


Se você se preocupa com a saúde dos seus dentes e quer entender os riscos por trás dessa decisão, leia este texto até o final.

1. Introdução rápida ao flúor e sua função na água potável

O flúor é um mineral adicionado à água potável em muitos países desde a década de 1940. O objetivo sempre foi simples: reduzir a incidência de cáries dentárias, especialmente em populações de baixa renda. Ele fortalece o esmalte dos dentes e tem um impacto comprovado na saúde bucal coletiva.


2. Riscos de excesso e falta de flúor

Vamos começar com a falta de flúor.
Em locais onde não há fluoretação da água — ou onde os níveis estão abaixo do ideal —, os casos de cárie dental aumentam significativamente, principalmente em crianças e em populações mais vulneráveis, que não têm acesso fácil a escovações frequentes, cremes dentais fluoretados ou consultas regulares ao dentista.

A Organização Mundial da Saúde recomenda uma concentração entre 0,7 e 1,0 miligrama por litro (mg/L) de flúor em países tropicais como o Brasil. Essa faixa é considerada segura e eficaz para prevenir cárie sem risco significativo de fluorose.

🔺 Mas o excesso também traz problemas.
Quando a concentração ultrapassa 1,5 mg/L, o risco de fluorose dental aumenta. Isso acontece principalmente na infância, quando os dentes estão em formação. E em alguns casos extremos, a fluorose pode ser severa (como na foto abaixo), causando manchas marrons, fragilidade do esmalte e impacto estético.

fluorose

Mas tem mais: em concentrações ainda mais altas, principalmente em locais onde a água contém flúor naturalmente em excesso — como em partes da China, Índia e Irã —, estudos levantaram suspeitas de que o flúor possa afetar o desenvolvimento neurológico de crianças.


3. Cenário atual nos EUA

Mas nos últimos anos, vários estados americanos começaram a banir o flúor da água, alegando possíveis riscos à saúde, especialmente neurológicos. Utah foi o primeiro estado a proibir completamente. Condados da Flórida e cidades de Washington e do Alasca seguiram o mesmo caminho. O debate explodiu quando o novo Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., ordenou uma revisão completa da política nacional de fluoretação.


4. Estudo de Calgary (Canadá)

Esse movimento de retirada do flúor não é novo. Calgary, no Canadá, parou de fluoretar a água em 2011. E o que aconteceu depois? Um estudo comparando Calgary com Edmonton (que manteve a fluoretação) mostrou um aumento muito maior na incidência de cáries nas crianças em Calgary. Em números: o número de superfícies dentárias com cárie aumentou 3,8 por criança, contra 2,1 em Edmonton. Ou seja, a ausência de flúor teve impacto real.


5. Estudos no Brasil – Rio de Janeiro

Aqui no Brasil, o cenário é diferente, mas preocupante. Pesquisas revelaram que em muitos bairros do Rio de Janeiro, os níveis de flúor na água estão fora do ideal — tanto abaixo quanto acima do recomendado. Em alguns locais, o flúor ultrapassava o limite máximo de 1,5 mg/L. Isso mostra falta de controle e pode gerar tanto riscos de cáries quanto de fluorose dental.


6. Como interpretar esses dados como cidadão e paciente

A questão principal aqui é: informação e equilíbrio. Nem tudo que os governos fazem é ideal, mas também não devemos cair em alarmismos. É importante cobrar monitoramento, exigir transparência nos dados e, se a água da sua cidade não for fluoretada, seu dentista pode indicar outras formas seguras de prevenção.


7. Conclusão: o que o Brasil pode aprender com esses exemplos?

O caso dos EUA e o estudo de Calgary nos mostram o que pode acontecer quando decisões são tomadas sem base técnica sólida. Aqui no Brasil, ainda temos muito a melhorar no controle da fluoretação. Mas o caminho não é o pânico: é a ciência. E é por isso que você está aqui — buscando informação séria e prática.

 

Vídeo no meu canal no Youtube com mais informações sobre este assunto:

Fluor, heroi ou vilão

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